OI EU, TUDO BEM?! #reencontrocomigomesma
Hoje resolvi falar sobre algo que tem se tornado cada dia mais difícil de conseguir e tenho escutado muito nas conversas de grupo e até mesmo dos meus alunos adolescentes. O que seria tão difícil se não for conseguir marcar grandes encontros com a gente mesmo?
A vida corrida, os problemas, o smartphone, tudo...tudo tira a nossa atenção. Tira o foco e tira também nós de nós mesmos. Já reparou que não sabemos mais até do que
gostamos? As nossas informações confundem com as informações que recebemos de fora e o simples fato de escolher uma roupa ou uma cor de roupa passa a ser uma definição de fora e não mais nossa. E sabe porque? Porque perdemos a noção de quem a gente é de verdade do quão bonitas ficamos e somos.
Tem quanto tempo que não nos olhamos no espelho para procurar nossas perfeições? Raridade não é? O que fazemos quando nos olhamos no espelho? Vamos direto nos defeitos. E como seria mais eficiente se olhássemos bem nos nossos olhos e sentíssemos orgulho do que vemos. Da mulher maravilhosa que está ali!
Agora imagina para um adolescente ou até mesmo para um adulto conseguir responder a um simples pergunta do que ele gosta de fazer? Ou melhor, qual a sua missão por aqui? O que ele sente quando algo acontece? São respostas que tem sido difíceis de responder e acredito que não são de hoje, essa escuridão que nos preenche vem de alguns bons anos. Um abandono nosso, próprio.
Por um tempo achei que isso seria muito fora do real mas tenho percebido até em mim essa tendência, esse movimento de fixar a vida fora, o que me tira do ritmo interno, da conecção com Deus, com a minha alegria de estar viva, com o meu propósito de curtir a vida e estar serena mesmo quando o mundo parece desabar.
Há dias melhores e dias mais desafiadores. Dias em que o corpo e a mente demandam um grande encontro, que em palavras simples pode ser aquele momento sozinha em um café, uma saída para caminhar ao ar livre, uma leitura despretensiosa sem interrupção, uma série do meu gosto e do meu agrado, uma escrita, um desenho colorido.
E quando viramos mãe? Um instinto lindo de servir surge naturalmente dentro de nós e os filhos aprendem também a demandar dessa mãe e ai, essa mãe aprende a ser 1000 em uma. Porque ela também entendeu que gosta de trabalhar fora e que sair de casa faz bem, enriquece a alma, dá sentido à vida.
E ai, nesses encontros e desencontros da vida, nesse aperta e nesse afrouxa vamos dando o nosso tom. Vamos aprendendo a nos posicionar, vamos aprendendo que algumas coisas são inconciliáveis e que ser feliz pelo caminho é uma opção real, muito real e justa. E o não também é um direito nosso com o sim do entendimento e da valorização do outro lado. Viver, não pode ser caminhar pelo caminho cheio de braza e achar que faz parte. Não, ninguém consegue viver em constante luta e batalha. É preciso aplainar as arestas da vida, utilizando todos os melhores recursos que temos, como é a bondade, a praticidade, o amor pela nossa vida e pela vida do outro, a paciência, o respeito, o espaço do outro, as decisões do outro.
É acordar agradecido pela vida que não é perfeita mas é aquela, a sua a nossa. E que os altos e baixos sejam um verdadeiro sinal de vida. Um coração que para de bater mantém a linha reta. Não há impulso e não há vida. Que possamos então nos fortalecer como mulheres, capazes de amar a vida, os filhos, o casamento se assim tiver bases para continuar feliz e respeitoso ,o trabalho. E também precisamos saber que haverá algumas horas que a gente pode deixar ir algumas coisas que não nos pertence, principalmente problemas que insistimos em pescar mesmo não sendo nossos. Se assim continuarmos mesmo que a vida mude totalmente, continuaremos reclamando dela e com a certeza de que a vida foi injusta com a gente!
Vamos fazer um combinado juntas aqui? A gente está livre para tirar de dentro de nós todas as crenças que nos limitam. Vamos começar juntas a confiar em nosso futuro, em confiar que todo o nosso empenho inteligente nos trará uma bela visão do pico e a medida que o tempo passar m, iremos merecer a vista mais bonita da montanha. E ai, quando alcançarmos o pico, saberemos merecer tudo de mais lindo que nos for oferecido porque seremos gratas pelo caminhar pelo vale e saberemos o quão árduo e desafiador foi a subida. Eu não desço fácil de lá não. rsrs! Vamos juntas?
Beijos com muito amor e carinho, Mariana
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